Pela primeira vez, pesquisadores conseguiram provar que a química dos esmaltes não mata fungos que transmitem doenças para as unhas.
O estudo inédito, realizado no interior de São Paulo, foi apresentado em um congresso na Alemanha e será publicado em breve em revistas científicas internacionais.
A pesquisa que durou seis meses, analisou esmaltes de 20 marcas diferentes. O resultado surpreendeu: 20% das amostras recolhidas em salões de beleza apresentavam contaminação por fungos, os causadores das micoses nas unhas.
“Até então se imaginava que qualquer elemento, célula bacteriana, pudesse morrer com toda essa química. Nós testamos os fungos e nós comprovamos que eles continuam vivos”, declara Margarete Gottardo de Almeida, doutora em microbiologia.
Em uma segunda etapa, a pesquisadora da Famerp, a faculdade estadual de medicina de São José do Rio Preto, colocou fungos nos esmaltes e comprovou que eles conseguem sobreviver por ate oito horas no vidrinho.
Durante este período o produto se torna um agente transmissor de doenças em unhas das mãos e dos pés. “Quando o esmalte é novo a sobrevivência do fungo é menor, quando o esmalte já é aberto a mais tempo o risco de permanecer o fungo vivo é um fato”, alerta.
Esmaltes vermelhos contaminados
A pesquisa comprovou também que os tons mais escuros, com os vermelhos, estão mais sujeitos a contaminação do que os claros. Agora, o desafio é descobrir substâncias, que adicionadas aos esmaltes sejam capazes de matar os fungos.
A orientação é que as mulheres levem ao salão de beleza, seus próprios esmaltes, para reduzir o risco de contaminação. Mesmo quem usa o próprio esmalte também pode se contaminar se pincelar a unha doente e depois a unha saudável. O ideal é procurar um dermatologista para tratar a micose e só depois esmaltar as unhas.
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Fonte: G1.
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